domingo, 2 de março de 2008

"Um dia, ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar. Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar. E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar. E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar. E então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar. Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar. Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se ousavam dar. E cheios de ternura e graça, foram para a praça e começaram a se abraçar. E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou. E foi tanta felicidade que toda cidade enfim se iluminou. E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouvia mais que o mundo compreendeu e o dia amanheceu em paz"

Hoje percebi o quanto as pessoas correm e esquecem de reparar nas coisas simples. Com isso, percebi o porquê de serem tão infelizes... pobres seres humanos. Esqueceram que a felicidade se encontra em horinhas de descuido. Afinal, a vida é um descuido prosseguido, como diria Rosa. As pessoas esqueceram-se da beleza que existe em cada parte da Terra. Esqueceram que a vida é um milagre e que o Amor... ah o Amor... elas esqueceram o que é o amor. Esqueceram o quão belo e infindo é o Amor. E hoje elas se vêem cada dia mais infelizes e frustradas, mais estressadas. Todo mundo, pelo menos um dia na vida, devia parar e pensar o quão sortudos são. E deviam acreditar em si mesmos e enxergar que a vida não é um bixo de sete cabeças como todo mundo diz. A vida é essa beleza toda e é pra viver. As pessoas esquecem de viver. Pensam só em coisas supérfluas. Eu sou assim. Eu esqueço de viver pra me lamentar e aí não reparo o tanto que eu sou sortudo. Tenho uma família que, apesar de todos os pesares, é unida e tem saúde. Tenho uma namorada linda que me ama muito a qual eu amo mais que tudo. Tenho comida todos os dias. Tenho amigos que estão sempre ali quando eu preciso. Tenho toda uma vida pra viver.
Esse papo tá parecendo chato. Aquele velho jargão que diz que você devia parar de reclamar, olhar pra si e ver o quão sortudo você é. Mas acaba que isso é uma verdade. Então, não importa sua classe social, sua maneira de se vestir, seus pensamentos (sejam eles revolucionários ou conservadores - ou os dois), suas experiências, sua maneira de ser. Nada disso importa. O que importa é viver sem medo de ser feliz. Amar com vontade. Ter vontade de acordar todos os dias sem se lamentar. Acordar e olhar aquele sol perfeito lá fora e agradecer. Dane-se pra quem você vai agradecer. Agradeça a si mesmo. Aos seus pais. Aos seus amigos. Ao seu cachorro. A Deus, se for religioso. Mas lembre-se de agradecer. E lembre-se que a beleza da vida e a felicidade (que são coisas bem próximas) a gente encontra nas coisas mais simples possíveis. O Amor se encontra nas coisas simples. Um buquê de flores feito com flores colhidas na rua. Um beijo repentino no meio de uma discussão sem fundamento. Uma surpresa independentemente da data. Uma poesia lida ao vento. Acho que se todo dia cada pessoa reservasse dez minutos do seu dia para ler poesias de amor o mundo seria mais bonito. Não haveria guerras. Não haveria arrogância. Não haveria prepotência. E a tão sonhada igualdade (seja ela racial, social, sexual, etc.) seria alcançada. E se teria a liberdade que, por Cecília Meireles, é aquela palavra que o sonho humano alimenta que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.
É isso.
Um beijo a todos.
E... vejam na simplicidade a beleza da vida.
=]

3 comentários:

Amanda disse...

aiii.
assim eu chorooo.
tá eu vou tentar parar de reclamar e passar a pensar mais nos outros
;D
;**

Pedro Pacheco disse...

estive aqui sem saco pra ler isso tudo. aqui ta MUITO corrido o curso é realmente integral...
bjos amo todos vcs!

Chrystian Borges disse...

"Hoje percebi o quanto as pessoas correm e esquecem de reparar nas coisas simples."

é assim que começa o texto.

ksaoksoaksoaks